Numa altura de muitas dúvidas e poucos certezas, achamos que o melhor é mesmo ficar em casa. Sem dúvida! Ainda assim, haverá momentos em que vamos ser obrigados a sair: ou temos de ir à farmácia, ou fazer umas compras rápidas para casa, ou mesmo ir ao trabalho (nem todos conseguimos trabalhar em casa). Nesses momentos, qual é o veiculo que devemos escolher? Passamos a palavra à Braga Ciclável:
“A Braga Ciclável tem vindo a acompanhar, atentamente, todos os desenvolvimentos relacionados com a pandemia e, consequentemente, o estado de emergência em que vivemos.
A ECF – European Cycling Federation considera que o uso da bicicleta, convencional ou com assistência elétrica, deve ser encorajado pelos Estados Membros da União Europeia, também durante a disseminação desenfreada do COVID-19. Isto porque, ao usarem a bicicleta, as pessoas desde logo mantêm as distâncias necessárias para evitar a infeção e, ao mesmo tempo, têm probabilidade muito menor de tocarem em objetos contaminados no espaço público ou em transportes públicos. Tal foi reconhecido, ainda há dias, pelo ministro federal da saúde da Alemanha, Jens Spahn, que recomendou o uso da bicicleta aos cidadãos que continuam a ter de sair de casa para trabalhar nos serviços essenciais. Também outras autoridades europeias, por exemplo na Dinamarca, Holanda e Reino Unido, incluíram nas suas recomendações à população, no âmbito do COVID-19, instruções específicas relativas ao uso de bicicleta durante a pandemia.
A atividade física regular, como por exemplo andar de bicicleta, ajuda a manter o sistema cardiovascular e os pulmões saudáveis, prevenindo doenças e protegendo o corpo de infeções. Portanto, é importante que as pessoas pedalam durante a crise.
Assim, a Braga Ciclável sugere que o Município de Braga vá ao encontro dos protocolos relativos às saídas de casa e às restantes medidas nacionais de combate ao COVID-19, e peça aos seus habitantes para evitarem o uso dos transportes públicos durante este período, apelando para que, nos casos excepcionais em que tenham que fazer alguma deslocação, o façam recorrendo, sempre que possível, ao uso da bicicleta.
A Braga Ciclável sugere que, à semelhança do que estão a fazer outras cidades (p. ex., Bogotá, Cidade do México, Nova Iorque), o Município de Braga introduza reduções temporárias do número de vias na Avenida da Liberdade, Avenida 31 de Janeiro, Avenida Imaculada Conceição, Avenida João XXI, Avenida João Paulo II, Av. Robert Smith e Av. Dr. António Palha. Trata-se de avenidas que, neste momento, possuem menos tráfego mas onde se circula a velocidades ainda mais elevadas e perigosas do que o já habitual. A supressão de uma via de trânsito em cada uma destas artérias, levará a uma acalmia de tráfego que é desejável e necessária para a segurança de todos.
Após o regresso à normalidade, esta supressão poderá ser tornada definitiva, avançando então para a implementação do projeto que foi aprovado em reunião de executivo em 2018, de modo a que nessa altura a bicicleta e o transporte público possam passar a ser fortes aliados na promoção de uma mobilidade sustentável.
A Braga Ciclável apela a todos os Bracarenses para ficarem em casa mas, caso sejam uma exceção e tenham mesmo que sair, que o façam recorrendo à bicicleta, procedendo à necessária lavagem ou desinfeção das mãos após o uso da bicicleta”.
Texto retirado da página da Braga Ciclável, que poderá ler aqui.