Pedalar para o trabalho de fato e gravata é um cenário cada vez mais familiar. Um cenário em que as bicicletas elétricas podem ser grandes aliadas: auxiliam a pedalada e diminuem o cansaço.
O mercado das bicicletas elétricas “entrou de rompante, principalmente nos últimos meses, com decisão do Governo de subsidiar a compra destes modelos”. Quem o diz é Pedro Oliveira, gestor de marketing da Go By Bike, loja bracarense dedicada à comercialização destes veículos.
Ao empurrão do Estado soma-se uma lista de vantagens. “Antes de mais a questão da transpiração, que é quase inexistente. Depois, a nível de tempo, poupa-se muito no trânsito e na facilidade em estacionar. Já para não falar que também é um veículo ecológico e económico”. Todos estes motivos levaram a que nos últimos meses a procura tenha disparado. Já é comum ver um ciclista “executivo” que trocou o motor do carro pelo impulso das duas rodas.
A ajudar a esta tendência estão as lojas de bicicletas que se especializam cada vez mais nos modelos apoiados por motor. Existem até marcas que se dedicam apenas aos amantes de bicicletas motorizadas com um “look mais trendy e citadino“. É o caso das E-bikelovers, que existe desde 2017 para abrir o leque de possibilidades e ajudar o cliente na decisão. “Temos enviado e-bikes para clientes dos mais variados cantos do país e é verdade: as cidades como Lisboa e Porto são ideais para a circulação em bicicleta elétrica. Foge-se ao trânsito e a assistência na pedalada permite subir os pontos mais altos, chegando impecável ao destino”, refere Cédric Lecler, gerente da loja lisboeta (a marca também tem representação em Cascais).
É a pensar nas vantagens deste mercado que marcas nacionais e internacionais apostam num crescendo de novidades. “A Bosch, por exemplo, vai lançar coisas novas na próxima época. Relativamente a 2019, um dos assuntos mais badalados é sem dúvida o sistema de travão ABS”. A somar às melhorias na segurança, as marcas apostam cada vez mais no aumento da autonomia das baterias e na redução do peso das bicicletas.
Surgem também novas tendências de mobilidade. Uma das mais recentes é as “cargo bikes”, que permitem transportar pessoas ou mercadoria. “Temos clientes que transportam muita coisa em percursos acidentados. Alguns clientes chegam mesmo a levar duas ou três crianças”, explica Miguel Barbot, que apostou numa loja de bicicletas, a Velo Culture, no Porto e em Matosinhos.
Além de clientes na casa dos 35 anos, que optam pela bicicleta para a deslocação para o trabalho mas também para levar os filhos à escola, há utilizadores mais ousados, entre os 50 e 60 anos, “que querem começar a usar a bicicleta como meio de transporte”.
Não faltam opções arrojadas para todas as idades e estilos de vida. Há também modelos dobráveis, fáceis de transportar, que tornam cada vez mais atrativa a opção por um meio de transporte ecológico, económico e que pode ajudar a reduzir o congestionamento nas cidades.
Reportagem retirada do Notícias Magazine (07.04.2019).